Vencida que foi a primeira fase do povoamento, em que foram largados animais de
pastoreio, e depois de cinco tentativas de fixação de colonos, o Corvo
finalmente começou a ser povoado.
Nesta zona, mais tarde, começaram a
convergir as grandes carreiras intercontinentais das Índias, das Áfricas, das
Américas, antes de aportarem à Europa.O ouro, as especiarias, os escravos, os
diamantes, e a cobiça por eles, concentraram-se, como consequência, à sua
volta.
Corsários poderosos afluíram de Marrocos, da Turquia, da França, da
Inglaterra e da Holanda.Sem guarnições militares eficazes, o Corvo tornou-se
apetecido por todos, que o julgavam presa fácil.
Nos séculos XVI e XVII, a
ilha sofre grandes invasões de norte-africanos que, pretendem raptar-lhe a
população.Nas alturas dos ataques, os habitantes escondiam-se entre os musgos do
Caldeirão.
Resguardados na parte mais alta da ilha, cheia de calhaus
rolantes, os corvinos resistiram sempre com grande coragem aos invasores.
A
maior parte dos piratas preferiu, no entanto, a atacá-los, estabelecer com eles
relações de comércio-Aguadas, fornecimento de víveres, tratamento de feridos e
enfermos, conserto de embarcações, tornaram-se, a troco de dinheiro, presentes e
protecção, comuns.
A passagem dos veleiros e as ajudas dos piratas,
reconfortou.os bastante.Deles, e dos barcos que, de noite se despedaçavam nas
rochas, aproveitaram-se com discrição, com ambiguidade durante gerações.
O
fim das guerras napoleónicas e o domínio dos mares pelos ingleses alteram depois
a ordem dominante e empobreceram gravemente a vida da comunidade.
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