segunda-feira, 18 de junho de 2012

Furna do Enxofre.




Furna do Enxofre é uma formação geológica de origem vulcânica  portuguesa localizada na freguesia da Luz, no concelho de Santa Cruz da Graciosa, ilha Graciosa.
Apresenta-se no interior da Caldeira da Graciosa rodeada por vertentes muito abruptas e escarpadas tendo uma direcção alongada numa direcção que geralmente se oriente no sentido SE. Esta furna tem origem em dois centros eruptivos da Caldeira da ilha Graciosa.
Trata-se de uma grande e imponente caverna lávica, bastante profunda. Tem um comprimento máximo de 194 metros com cerca de 40 metros de altura de tecto na parte central, e que se caracteriza por ter um tecto em forma de abóbada perfeita.
A parte mais importante desta furna localiza-se na parte SE da Caldeira da Graciosa, e comunica com o exterior através de duas aberturas dispostas ao longo de uma direcção geral noroeste-sudeste.
O acesso ao interior desta gruta faz-se por uma torre com cerca de cantaria e alvenaria com 37 metros de altura que contem uma escada em caracol que se prolonga por 183 degraus. Este aceso foi construído no início do Século XX.
A exploração desta gruta teve inicio no Século XIX por vários investigadores entre os quais o Príncipe Alberto do Mónaco e os naturalistas Ferdinand André Fouqué e Georg Hartung.
Esta gruta é considerada única no campo vulcano-espeleológico internacional e a sua génese está associada a uma importante fase efusiva intracaldeira, do tipo havaiano, que envolveu a formação de um lago de lava.
Na fase final desta erupção havaiana, a lava existente no interior da caldeira, ainda fluida, foi drenada ao longo da conduta principal do vulcão, precisamente pela zona onde se encontra actualmente esta cavidade.
No interior da Furna do Enxofre e para além de um lago de água fria, encontra-se um importante campo de libertação de gazes formado por fumarolas, lamas e por emanações gasosas difusas de dióxido de carbono.
Estes gazes libertam-se muitas vezes de forma imperceptível em diversas áreas do chão da gruta. Muitas vezes em certas condições ambientais a concentração de dióxido de carbono no ar atmosférico circundante pode atingir valores superiores aos admissíveis em termos de saúde pública, facto pelo qual o local é monitorizado em contínuo.
Esta gruta é pelo Decreto Legislativo Regional n.o 24/2004/A (Governo Regional dos Açores) considerada uma estrutura geológica de elevado interesse, onde as necessidades de protecção, preservação e de partilha dos valores biológicos, estéticos, científicos e culturais mais se fazem sentir; tornando necessária a sua protecção.

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