domingo, 29 de julho de 2012

Ilha de S.Jorge- Sociedade no sec.XX

 1900-Família Amarante em frente à sua casa na freguesia das Manadas.
1941-Guarda de Honra ao Presidente da República, Marechal Carmona, na Vila das Velas.
 1957-Visita do Presidente da República, Craveiro Lopes à Vila da Calheta.
1978-Carro de bois com  camponeses em trajes típicos, no Largo da Igreja, na freguesia dos Rosais.

sábado, 28 de julho de 2012

Ilhéus das Formigas.



Os Ilhéus das Formigas localizam-se ao norte da ilha de Santa Maria, no arquipélago dos Açores.
   Administrativamente encontram-se na área de jurisdição da Capitania dos Portos de Vila do Porto.
   Apesar de quase sempre referidos entre as ilhas do Grupo Oriental, são um dos locais menos conhecidos do arquipélago. Aqui se situa ainda o recife de Dollabarat.
   O farol das Formigas está localizado no ilhéu mais a sul, sendo um dos "ex libris" da farolagem açoriana, marcando com o seu perfil característico a paisagem oceânica do recife.
   Os ilhéus terão sido avistados por Gonçalo Velho Cabral, em 1431, na sua viagem em busca das ilhas achadas pelo piloto Diogo de Silves.
   Encontram-se 37 quilómetros a nordeste da ilha de Santa Maria e a 63 quilómetros sudeste da ilha de São Miguel. A sua disposição forma um alinhamento Norte-Sul com um comprimento total de 165 metros e uma largura de cerca de 80 metros. A sua área emersa é de cerca de 0,9 hectares, distribuídos por oito rochedos muito baixos, o mais elevado dos quais, o Formigão, elevando-se a apenas 11 metros acima do nível do mar, pelo que são naturalmente desabitados.
Do ponto de vista geológico, os ilhéus são formados, essencialmente, por escoadas de basalto, interrompidas por veios calcários que contêm fósseis de invertebrados marinhos que remontam, possivelmente, ao Miocénico.
As águas circundantes são de grande importância ecológica devido à diversidade de vida marinha que albergam e ao fato de constituírem local de reprodução e alimentação para muitas espécies incluindo tubarões, tartarugas e vários cetáceos.
   Nesta área são interditos:  quaisquer actividades de pesca, apanha ou colheita de organismos marinhos (incluindo caça submarina), com ou sem auxílio de embarcação, à excepção da pesca comercial de atum com linha de mão ou salto e vara, exercida por embarcações que integrem o sistema MONICAP; a colheita de material geológico ou arqueológico ou a sua exploração sem autorização emitida pela entidade competente; a perturbação, por qualquer meio, das aves que se acolhem nos ilhéus; e o abandono de qualquer tipo de resíduos.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ilha de S.Miguel - Geografia.



A ilha, de natureza vulcânica, sujeita a atividade sismíca, apresenta relevo montanhoso, sobretudo no seu interior, dominado pelo pico da Vara, sendo recortada por vales, grotas e ribeiras - únicos cursos de água. A origem vulcânica é presente na tipologia das rochas e terrenos de "biscoito" (produzidos por camadas onduladas de lava) e "mistérios" (por lavas esponjosas, onde proliferam os musgos e as ervas) - típicos no arquipélago -, e fumarolas-sulfataras permanentes, como as do Vale das Furnas e na Ribeira Grande. O fundo de crateras de antigos vulcões extintos servem de leito a belas lagoas como a Lagoa das Sete Cidades, a Lagoa do Fogo, e a Lagoa das Furnas. Essa combinação de fatores propicia a que no Vale das Furnas sejam reputadas as suas águas minero-medicinais.
As formações de relevo, na ilha são complementadas ainda pela presença das chamadas "lombas" - formas de relevo ligeiramente aplainadas - e de picos - formas de relevo relativamente aguçadas.
  
Como as demais ilhas do arquipélago, o clima de S. Miguel é temperado oceânico. O Atlântico e a Corrente do Golfo funcionam como moderadores da temperatura - a maritimidade - conferindo a ilha e ao arquipélago em geral uma pequena amplitude térmica. A pluviosidade distribui-se regularmente ao longo do ano, embora seja mais abundante na estação fresca.
No Inverno, também como as demais ilhas do arquipélago, é assolada por fortes ventos que sopram predominantemente do sudoeste, enquanto que no Verão se deslocam para o quadrante Norte. O céu apresenta-se geralmente com nebulosidade, o que causa insolação variável.
   Graças ao seu clima temperado e húmido, a ilha recebeu bem as mais variadas espécies introduzidas pelos povoadores ao longo dos séculos.
   A densa cobertura vegetal que caracterizava a ilha à época do seu descobrimento, deu lugar, com o povoamento, à abertura de campos de cultivo, consumida históricamente como fonte energética e de material de construção das populações. Paralelamente foram sendo introduzidas novas espécies conforme os interesses económicos da Coroa portuguesa, como o trigo, o linho e o pastel, entre tantas outras.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Pratos típicos da ilha do Corvo.


É principalmente no Inverno, que o torresmo, a linguiça, a morcela, o molho de fígado e a borráz fazem parte da alimentação dos corvinos.
O torresmo é feito de carne, temperado em vinha de alhos(moura).É frito e conservado em banha, geralmente em vasilhas de barro.
A linguiça faz-se a partir de pequenos bocados de carne, também em "moura".É temperada com cominhos e malagueta.
A morcela é feita pelo sangue do porco, com pão, arroz, cebola, salsa, canela, pimenta, limão,um pouco de aguardente e sal.
O molho de fígado faz-se com carne aos bocados, toucinho, fígado e é temperado com cominhos, massa de pimentão, vinho, alho, pimenta da jamaica , pimenta preta em grão e sal.
A borráz é feita a partir do toucinho previamente frito.É moído e frito novamente

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A cultura do ananás na ilha de S.Miguel.



O ananás (Ananassa Sativus,Lindl) cultivado em estufas de vidro na ilha de São Miguel é originário da América Central e do Sul e foi introduzido nesta ilha, como planta ornamental, em meados do século XIX.A sua cultura visou primeiramente o abastecimento das casas abastadas, tendo as primeiras explorações de caracter comercial surgido em 1864. Com o correr dos anos este excepcional fruto transformou-se num verdadeiro ex-libris da região.Os concelhos de Ponta Delgada, Lagoa, Vila Franca a Ribeira Grande são em ordem decrescente os seus principais centros produtores, sendo a Fajã de Baixo a freguesia com maior número de estufas.
   As estufas são de formato rectangular, cobertas de vidro caiado formando duas águas com a inclinação aproximada de 33 ° e aquecidas apenas pelo sol. Na parte superior da cobertura as janelas, ou "alboios", servem para regular a temperatura e a ventilação do interior da estufa. O interior da estufa divide-se em "tabuleiros", ou "canteiros", separados ao meio por um carreiro de pedra, estes por sua vez dividem-se em vãos (o espaço que vai de ferro a ferro de suporte da cobertura).
  
1 ° período da cultura:
Nos "estufins", estufas mais pequenas, plantam-se as tocas a uma distancia de l0 cm entre cada uma e cobrem-se de terra. Regasse então diariamente nos primeiros quinze dias e depois em dias alternados. Nesta fase é importante não deixar a temperatura abaixo dos 26 ° C fazendo-a subir até aos 38 ° C. Ao fim de um mês os "brolhos" despontam desenvolvendo-se no estufim até seis meses sendo depois transplantados para as estufas.Tanto no estufim como na estufa é preparada uma "cama" para o enchimento dos tabuleiros. As camas fazem-se com a sobreposição de varias camadas de terra velha (já usada noutras estufas, rica em matéria orgânica), mondas (folhas de ananases, fetos, ervas, caruma de pinheiro), rama de incenseiro e farelo.
   Nas estufas o plantio dispõe-se de maneira a que cada planta fique a uma distancia de 50 a 60cm umas das outras. Após a plantação rega-se diariamente durante duas semanas, durante o crescimento do fruto as regas diminuem até se extinguirem na fase de maturação. 3 a 4 meses depois de plantada a estufa tem lugar a operação do "fumo". Esta operação, descoberta ocasionalmente, funciona como uma intoxicação o que obriga todas as plantas a florescerem ao mesmo tempo. Ao fim do dia (quatro a oito dias no verso, oito a quinze no inverno) queimam-se em recipientes próprios colocados no interior da estufa, aparas e verduras de modo a produzir um espesso fumo, no dia seguinte abrem-se as portas e os alboios para arejar.O período completo da cultura, que vai desde a plantação das tocas até ao corte do fruto tem a duração de 18 meses.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Plantas endémicas - Cedro - do - Mato


Juniperus brevifolia (Seu.) Antoine, conhecido pelo nome comum de cedro-do-mato, cedro-das-ilhas ou zimbro, é uma espécie de árvore de médio porte (mesofanerófito) endémica nos Açores. Sendo uma Cupressaceae, produz uma madeira avermelhada, rica em óleos essenciais que lhe dão um odor típico, rija e de grande beleza quando polida. A madeira é em extremo resistente ao ataque por insectos xilófagos e por fungos, podendo sobreviver muitas centenas de anos. Nas Sete Cidades foram encontrados troncos incorruptos enterrados em materiais vulcânicos com pelo menos 2000 anos de idade.
  
cedro-do-mato é uma espécie protegida pela Convenção de Berna e pela Directiva Habitats da União Europeia, sendo ilegal o seu abate e o tráfico da sua madeira sem um certificado de proveniência atestando que não foi obtida em contravenção das regras daquela Convenção.
A madeira do cedro-mato, muito semelhante à do cedro-da-bermuda (Juniperus bermudiana), atinge um elevado valor comercial graças à sua qualidade e raridade. Devido ao abate sem regulação durante séculos, não existem hoje nos Açores exemplares de grande porte, já que nas zonas de melhores solos, particularmente nas mais abrigadas dos ventos, o cedro desapareceu totalmente. Traves colocadas em igrejas e tábuas de grande largura existentes em mobiliário seiscentista atestam da grande dimensão atingida por estas árvores de crescimento lento.
   A utilização de madeira de cedro-do-mato em mobiliário e na construção de talhas decorativas em igrejas produziu peças de grande qualidade (a igreja do Colégio de Ponta Delgada tem um dos maiores conjuntos de talhas barrocas do mundo, todo ele construído em cedro-do-mato). A madeira de cedro constituiu um lucrativo comércio no início da colonização das ilhas.
   Dada a sua resistência à abrasão e leveza, o cedro era a madeira de preferência para a confecção das galochas, o típico calçado de madeira e tecido dos Açores (provavelmente de origem flamenga), ainda comum na primeira metade do século XX. Pequenas rodelas ou cubos de madeira de cedro eram colocadas entre as roupas guardadas, para afugentar as traças (os seus óleos essenciais são insecticidas) e manter as roupas com um odor agradável mesmo na humidade tipicamente prevalecente nas casas tradicionais açorianas.
   A árvore tem como parasita uma planta endémica dos Açores, o espigo-de-cedro, nome vulgar do Arceuthobium azoricum Hawksworth et Wiens, uma Loranthaceae protegida pela Directiva Habitats.

domingo, 22 de julho de 2012

Ilha de S.Jorge - Descoberta e Povoamento.



Desconhece-se a data exacta de quando os primeiros povoadores nela desembarcaram, no prosseguimento da política de povoamento do arquipélago, iniciada cerca de 1430 pelo Infante D. Henrique. Gaspar Frutuoso, sem indicar o ano da descoberta.
   A mesma data será seguida pelo padre António Cordeiro, que entretanto refere o ano como 1450 Essa data, contudo, é incorreta, uma vez que pela carta de 2 de julho de 1439 Afonso V de Portugal concede ao seu tio, o infante D. Henrique, autorização para o povoamento das (então) sete ilhas dos Açores, em que São Jorge já se incluía. Por outro lado, João Vaz Corte Real foi capitão do donatário da Capitania de Angra em 1474, e da de São Jorge em 1483. Raciocínio semelhante se aplica à figura de Jácome de Bruges.
   Sabe-se, no entanto, que o seu povoamento terá se iniciado por volta de 1460. Estudos recentes indicam que o primeiro núcleo populacional se tenha localizado na enseada das Velas de onde se irradiou para Rosais, Beira, Queimada, Urzelina, Manadas, Toledo, Santo António e Norte Grande. Um segundo núcleo ter-se-há localizado na Calheta, com irradiação para os Biscoitos, Norte Pequeno e Ribeira Seca.
   Diante do insucesso do povoamento da ilha das Flores, o nobre flamengo (Guilherme da Silveira), por volta de 1480 veio a fixar-se no sítio do Topo fundando uma povoação, e aí vindo a falecer. Os seus restos mortais encontram-se sepultados na capela do Solar dos Tiagos.
   É pacífico que a ilha já se encontrava povoada quando João Vaz Corte Real. Capitão-donatário da capitania de Angra (ilha Terceira), obteve a Capitania da Ilha de São Jorge, por carta régia de 4 de Maio de 1483 (Arquivo dos Açores, vol. 3, p. 13).
   Como nas demais ilhas atlânticas, os primeiros povoadores, vindos do mar, fixaram-se no litoral, junto aos melhores e mais seguros ancoradouros. O crescimento populacional e desenvolvimento económico foram rápidos

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ilha do Corvo- Recordações da Matança do Porco.

O dia da Matança do Porco, sempre foi e continua ser um dia que simboliza fartura, alegria, alegria, partilha, convívio e amizade.Realiza-se normalmente entre os meses de Outubro e Dezembro.
A preparação começava alguns dias antes com o rachar da lenha e a apanha da queiró, feito pelos homens.
Na véspera, eram as mulheres que trabalhavam mais.Picavam a salsa e a cebola para as morcelas e encarregavam-se da preparação das comidas.Destacam-se a sopa de feijão, a linguiça frita, as batatas doces(cozidas ou assadas), as filhoses e claro, o queijo do Corvo.
Uma curiosidade interessante, era o facto das crianças das famílias ou dos amigos mais próximos, passarem a noite na casa do proprietário, deitados em cima de junco colocado no chão da cozinha.
Chegava assim o grande dia, com a família a levantar-se bastante cedo.As mulheres começavam a preparar o pequeno almoço, onde abundava o pão caseiro, a manteiga e o queijo corvino, as filhoses e o café ou leite.
Os homens entretanto já tinham iniciado o seu trabalho, colocando as mesas, as celhas e fazendo a "moura".
A pouco e pouco iam chegando os familiares e amigos e iniciava-se o trabalho.Começavam por tirar os porcos dos currais e levavam-nos para a eira, onde eram mortos, chamuscados, rapados e partidos.
Entretanto as mulheres continuavam bastante atarefadas a lavar as tripas no calhau, junto ao mar.Os homens agora, salgavam alguma carne para a "barça" e a restante para a "moura".
O duro trabalho estava assim terminando.Agora era tempo de ir almoçar.
Um factor que queria destacar era a constante alegria das crianças, onde a brincadeira continuava, agora com uma "bola de futebol", que tinha sido feita com a bexiga do porco.
Era assim o Dia da Matança.Um dia fundamental para qualquer família corvina, porque o porco constítuia a base da sua alimentação

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sé Catedral de Angra do Heroísmo - interior



Características:

Considerado o templo de maiores dimensões no arquipélago, apresenta planta retangular em estilo renascentista e "chão". O seu interior é marcado por enormes colunas de pedra que sustentam o tecto.
Ostenta na sua fachada duas torres com duas ordens de sineiras cada, as quais podem comportar 32 sinos.
No seu interior, destaca-se a charola da capela-mor e uma magnífica estante de leitura em estilo indo-português, ao centro do coro capitular.
É uma Igreja ampla de 3 naves divididas por pilares sem transepto, mas de cobertura única. A cabeceira é contudo surpreendente por se inscrever num revivalismo gótico, com deambulatório, com 3 capelas radiantes e um abside coberta por uma cúpula suportada por colunas dóricas, sendo o conjunto acanhado e com falta de proporção ao corpo do templo.

O Pórtico.

O acesso a este templo é feito por um pórtico dividido por 3 arcadas e onde se encontram fixadas nas paredes duas placas de bronze. À direita encontra-se uma placa comemorativa da visita de Sua Santidade o Papa João Paulo II, que foi o primeiro e único pontífice que visitou os Açores e orou nesta igreja no dia 2 de Maio de 1991.
A esquerda do pórtico encontra-se a outra placa que tem cariz informativo e se refere À reconstrução deste Catedral depois do Terramoto de 1 de Janeiro de 1980 e da sua bênção pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, ocorrida no dia 3 de Novembro de 1985, sendo na altura Bispo de Angra D. Aurélio Granada Escudeiro.
O acesso ao interior do templo é feito pela porta central, que se encontra protegida por um guarda vento que possui um desenho da autoria do artista Açoriano José Nuno da Câmara Pereira.
Para iniciar a visita, a entrada no templo deve ser feita pela porta da esquerda desse guarda vento, tendo assim acesso à nave do Santíssimo Sacramento.

O Baptistério

O baptistério apresenta-se como uma peça fundamental neste templo, é o lugar onde ao longo dos séculos tem sido baptizados os angrenses paroquianos da freguesia da Sé e onde, segundo a tradição também o foi o martirizado no Japão, defensor da fé cristã, o Beato João Baptista Machado.
Neste baptistério, além da pia baptismal pode admirar-se sobre o portal duas telas de boa escola maneirista, uma representando a circuncisão de Cristo e a outra a adoração dos Reis Magos.
  
O Altar das Almas.

Foi neste altar que em 1640 foi erecta A Irmandade das Almas, pelo então cónego Leonardo de Sotto Mayor (falecido em 1653). Este altar tem uma tela alusiva à salvação das almas com representação da Santíssima Trindade, a Virgem Maria e São Domingos.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sé Catedral de Angra do Heroísmo - História.


A Igreja do Santíssimo Salvador da Sé, também referida apenas como Sé Catedral, localiza-se na freguesia da Sé, no centro histórico da cidade e concelho de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, nos Açores.
   É a sede do Bispado de Angra, que engloba o arquipélago dos Açores.
   Segundo reza a história remonta a uma primitiva igreja paroquial, iniciada por Álvaro Martins Homem em 1461. Sob a invocação de São Salvador, deve ter sido concluída em 1496, data da nomeação do seu primeiro vigário. Sobre esta primitiva igreja pouco ou nada se sabe.
   Com o aumento da população e a criação do Bispado de Angra (1534), a Câmara Municipal formulou um pedido para que se construísse um novo edifício para a Sé, no mesmo local. Assim em 1536, a mando do Bispo, e de comum acordo com a Câmara de Angra, fizeram lembrar ao João III de Portugal a necessidade de cumprir o seu compromisso de instalar a sede da diocese.
   Apesar disso o soberano não deu seguimento a este pedido, tratando antes dos aspectos organizativos. Este fato levou a Câmara de Angra, em 1557, a mandar nova mensagem ao rei a solicitar construção do novo templo, aproveitando para informá-lo, contudo, que os moradores de Angra não estavam em condições financeiras de contribuir para esse fim.
   Finalmente, a 10 de janeiro de 1568, já no reinado do Cardeal D. Henrique é que a Coroa tomou a decisão de mandar construir a nova Sé às suas expensas. A opção foi no sentido de se construir um novo templo no mesmo sítio do já existente, mas alargando muitíssimo o espaço, que acabou por ocupar todo um quarteirão no centro da cidade, delimitado pelas rua da Sé, Carreira dos Cavalos, da Rosa e do Salinas. Para esse fim foram destinados 3 mil cruzados anuais dos direitos régios sobre o pastel na ilha de São Miguel, enquanto durassem as obras.
   Do reino veio a Angra o arquiteto Luís Gonçalves, que elaborou o projeto de um vasto templo maneirista ou de arquitetura chã portuguesa, que seria depois sucessivamente adaptado por outros profissionais, nomeadamente João de Carvalho.
   O edifício começou a construir-se pela fachada principal, para que a antiga Igreja de São Salvador pudesse continuar a servir o culto. Esta é ladeada por duas torres sineiras e, ente ambas, um templete para o relógio, colocado em 1782.
   Adossadas ao corpo da Igreja foram construídas quatro capelas, com recursos de particulares e das irmandades, e as sacristias. No início do século XVII foi construído um claustro, conhecido pelo sítio, que serviu no século XIX de cemitério e desapareceu na década de 1950 para dar lugar ao arranjo que atualmente existe na frente para a rua da Rosa. No século XVIII, também nas traseiras, adicionou-se-lhe a Sacristia Grande e a Sala do Tribunal Eclesiástico.
   O templo foi reconsagrado em 1808.
   Actualmente Encontra-se classificada como Monumento Regional pela Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, classificação consumida por inclusão no conjunto classificado da Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ilha do Corvo - Breves Registos.

  A ilha foi descoberta por Diogo de Teive em 1452, durante uma viagem de regresso da Terra Nova.Contudo, não foi feita muita divulgação da sua descoberta, por esta se ter tornado um excelente ponto de apoio às navegações.

COORDENADAS

O Corvo que tem dez quilómetros de cumprimento e cinco de largura, situa-se entre os 39º40´de latitude Norte e os 31º5´de longitude Oeste.

DOAÇÕES

A ilha foi doada por D.Afonso V ao seu sobrinho, o Duque de Bragança.Na altura dos Filipes foi entregue à família Mascarenhas, que posteriormente a passa à do Duque de Aveiro.Com o enforcamento deste, é confiscada e entregue à coroa.

PLATAFORMAS
O Corvo e as Flores assentam numa plataforma americana que está a afastar-se cinco milímetros por ano da europeia, onde assentam as outras ilhas do arquipélago.

NEBULOSIDADE

As altitudes das arribas da ilha(700 metros no Estreitinho) quebram a velocidade dos ventos fazendo subir o ar húmido - vindo da corrente quente do Golfo -, o que provoca a formação permanente de nuvens.Os ventos predominantes são de NW e W com velocidade média anual de 18,8Km,Chove mais de Outubro a Março e a temperatura média anual é de 17,6 graus.

ESPÉCIES

O Corvo, constitui, pela sua diversidade de "habitats", de aves de arribação e de insectos, uma reserva preciosa.Atualmente tem mais de 3oo espécies de flora.

LUGARES

O Morro da Fonte, o Morro dos Homens, o Caldeirão, a Coroínha, o Serrão Alto, o Braço, a Cancela do Pico, a Fonte Velha, o Porto da Areia, o Porto da Casa, o Boqueirão, o Porto Novo, a Cancela do Pico, os Palheiros, o Fojo e a Furna dos Franceses, são os principais lugares da geografia da ilha.

POPULAÇÃO

Em nove décadas a população do Corvo passou de 808 pessoas em 1900 para 480 em 2008.Presentemente encontra-se estabilizada.

domingo, 15 de julho de 2012

Cultura do chá.



Apesar de não haver um um registo oficial da data de introdução do chá na ilha de São Miguel, acredita-se, que a sua produção e expansão verificou-se a partir de 1750.
   A cultura resultou com êxito e desenvolveu-se rapidamente, talvez única na história dos produtos de consumo humano e que tocou não só o domínio técnico e económico mas também, e principalmente, os domínios artístico, poético, filosófico e mesmo religioso, envolvendo o consumo de chá nestes dois países, mas principalmente no Japão, um cerimonial por vezes complexo mas sempre de grande significado. A sua introdução na Europa só se veio a verificar no início do séc. XVII, em consequência do comércio que então se estabelecia entre a Europa e o Oriente.
   Teriam sido os holandeses a trazer pela primeira vez o chá à Europa, sendo responsáveis pela intensificação do seu comércio mais tarde desenvolvido pelos ingleses. O chá era importado por intermédio da famosa “Tea English East Indian Company”, que detinha o monopólio do comércio de chá com a Ásia e que em 1715 se estabeleceu em Cantão passando a gozar de uma situação privilegiada. Esta manteve-se até 1833, altura em que se viu forçada a procurar novas fontes de abastecimento; virou-se então para as possessões da Inglaterra na Ásia (India e Ceilão) onde introduziu a cultura, primeiro na India e depois em Ceilão.
   Na Inglaterra, o seu consumo intensificou-se rapidamente e a partir de meados do séc. XVIII o chá tornou-se a bebida de eleição de todas as classes sociais. É de sublinhar a popularidade que ainda hoje goza neste país, sendo bem conhecido o lugar que esta bebida ocupa na vida de todo o cidadão britânico. A sua popularidade estendeu-se aos países onde a influência inglesa se fez sentir, primeiro nos EUA depois a Austrália e o Canadá Actualmente o chá é a bebida mais consumida em todo o mundo. Em território português, presentemente, o chá só é cultivado em S. Miguel nos Açores onde a cultura, que se pratica desde finais do século XIX.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ilha do Pico - Lagoa do Capitão.



A Lagoa do Capitão situa-se no concelho de S.Roque, na ilha do Pico, arquipélago dos Açores.
   A lagoa  pode ser alcançada pela Estrada Longitudinal (ER 3-2), é a maior da ilha do Pico, situa-se a uma cota média de altitude que ronda os 826 metros e tem na sua imediação uma abundante vegetação endémica da macaronésia, muito rica em várias espécies com destaque para a Erica azorica, o cedros, o loureiros e o vinháticos.
   Ao longo do ano é aqui possivel observar: garça-real, gaivota-de-patas-amarelas, melro, lavandeira, canário-da-terra, tentilhão dos Açores, marrequinha, piadeira, galinhola, narceja-comum, galeirão-comum, milhafre, pombo-torcaz dos Açores, vinagreira, ferfolha, toutinegra dos Açores, mais raramente a piadeira-americana, marreca-d’asa-azul, zarro-de-colar, negrinha, abetouro-americano, galeirão-americano.
   Nas imediações desta lagoa encontra-se também o Cabeço do Teixo, e a Lomba além e nascem várias ribeiras, nomeadamente a Ribeira de Dentro, a Ribeira da Laje e a Ribeira Seca

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ilha das Flores - freguesia da Caveira.

A Caveira é uma freguesia rural  do concelho de Santa Cruz das Flores, com 3,29 km² de área e 77 habitantes (2011), o que corresponde a uma densidade populacional de 23,4 hab/km². É a mais pequena freguesia da ilha das Flores no que respeita à área que ocupa e uma das mais pequenas em população. Está situada no extremo sul do concelho de Santa Cruz das Flores, distando da vila sede do concelho cerca de 5 quilómetros. A pequena freguesia ergue-se sobre uma alta lomba que se estende entre duas profundas ribeiras: a Ribeira da Cruz, a norte, que a separa da vila; e a Ribeira da Silva, a sul, que a separa da freguesia da Lomba, já no concelho das Lajes das Flores. O alto sobre o qual assenta a freguesia prolonga-se para o mar, formando um alcantilado promontório, rodeado por falésias basálticas, denominado Ponta da Caveira. A paróquia católica correspondente à freguesia tem Nossa Senhora do Livramento como orago, embora oficialmente nunca tenha obtido autorização canónica para abandonar o primitivo orago de Benditas Almas.
   A Caveira assenta sobre uma alta lomba que se prolonga até ao mar, onde forma a Ponta da Caveira, um enorme penhasco alcantilado sobranceiro ao mar. O lado sul da Ponta é formado por formações basálticas policromas, com destaque para a que forma a chamada baixa da Ribeira da Silva. Na face norte da Ponta, a possante Ribeira da Cruz abre-se num imenso e escarpado vale que se prolonga quase até ao centro da ilha. Na embocadura da Ribeira ergue-se a Rocha Fernão Jorge, um gigantesco triângulo rochoso formado por prismas basálticos originados pela disjunção prismática de uma espessa escoada lávica. A forma peculiar desta formação faz dela uma raridade, já que só se conhece um exemplar semelhante na baía de Diégo Suarez, no norte de Madagáscar.
   Outra formação peculiar da costa da Caveira é a Gruta dos Enxaréus, uma grande cavidade situada sita na base da falésia, com cerca de 50 metros de comprimento, 25 de largura e mais de 15 de profundidade, onde podem penetrar embarcações de médio porte. Utilizada durante séculos como esconderijo de piratas, corsários e contrabandistas, é hoje uma das grandes atracções da ilha.
   A grande altitude em que se situa a freguesia, completamente desabrigada dos ventos do mar, faz dela um lugar de grande beleza cénica, mas de clima rigoroso. A grande precipitação que cai sobre a área faz dela lugar ideal para a instalação de pastagens, não sendo de estranhar que a agro-pecuária, com destaque para a bovinicultura, seja a actividade dominante. Contudo, a proximidade em relação a Santa Cruz tem vindo a impor uma crescente tercearização do emprego, sendo hoje muitos os residentes que trabalham na vila.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Chicharros fritos com molho vilão.


Este é um dos pratos mais típicos dos Açores.Antigamente era considerado "a comida dos pobres".
   É um prato que se encontra facilmente em qualquer ilha.
   A sua confecção é simples e relativamente rápida.
    A receita mais comum é a seguinte:
Chicharros miúdos; sal a gosto; 3 dentes de alho; vinagre; 1 colher de sopa de massa de pimenta; farinha de milho q. b e óleo para fritar

Molho de Vilão:

6 dentes de alho; 1 pimenta picada; 1 colher de sopa de massa de pimenta; 2 colheres de sopa de vinagre.

Depois de temperados, enrolam-se os chicharros em farinha de milho e levam-se a fritar. Para o molho, juntam-se 4 colheres de óleo, a pimenta e o alho. Refoga-se e, quando pronto, junta-se o vinagre. Acompanha-se com batatas cozidas
  

domingo, 8 de julho de 2012

Ilha de S.Jorge - Fajã dos Cubres.


A Fajã dos Cubres localiza-se na freguesia de Ribeira Seca, concelho da Calheta e está provavelmente entre uma das mais bonitas e exóticas fajãs da ilha de São Jorge.
   Esta fajã está classificada como Sítio de Importância Internacional ao abrigo da Convenção de Ramsar, relativa à Convenção sobre Zonas Húmidas de Importância Internacional, especialmente como Habitat de Aves Aquáticas.
   O nome curioso desta fajã provêm de uma planta de pequenas flores amarelas, os Cubres, que dá pelo nome cientifico de (Solidago sempervirens L.). Esta fajã que pertence à freguesia da Ribeira Seca, da costa Norte da ilha embora bastante grande não é habitada de forma permanente. O caminho de acesso faz-se por uma estrada aberta na rocha, e asfaltada em 1993. É por essa estrada que passam a maioria dos romeiros, visitantes e turistas que vão à Fajã da Caldeira de Santo Cristo.
   Os pescadores de quase toda a ilha deslocam-se à Lagoa dos Cubres para apanharem camarão que serve para isca de pesca à garoupa. Para isso utilizam pequenas redes de malha fina a que chamam camaroeiros.
   A Lagoa é de água salobra e sujeita às marés que fazem oscilar as suas águas contribuindo para a oxigenação das mesmas. Aí se pescam mujas, nome dado pelos locais às jovens tainhas que se ocultam entre a abundante vegetação que cresce nas suas águas. Nas margens da lagoa, as pastagens interiores, abundam com junco, e gado que pasta livremente.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ilha Terceira - freguesia dos Biscoitos



Os Biscoitos são uma freguesia portuguesa do concelho da Praia da Vitória, com 26,30 km² de área e 1 424 habitantes (2011). Densidade: 54,1 hab/km².
   Localiza-se a uma latitude 38.7833 (38°47') Norte e a uma longitude 27.15 (27°15') Oeste, estando a uma altitude de 172 metros.
   O nome desta localidade é simultaneamente o nome dado nos Açores a duas entidades diferentes, sendo que uma delas se refere a uma massa doce tradicional feita com especiarias, e à outra à terra queimada, nascida dos vulcões, (basalto preto).
   Neste caso os Biscoitos são terrenos formados pelas lavas provenientes de erupções vulcânicas. Trata-se de uma zona de importante tradição vinícola juntamente por a terra queimada ser pobre e pouco mais dar do que vinha que ainda assim tem de ser protegida das intempéries por curraletas
feitos com a própria pedra basilar. (a luta dos homens com os elementos).
    O vinho Verdelho aqui produzido é de excelente qualidade e com grande tradição, já era usado nas naus nos tempos dos descobrimentos portugueses pois era um produto que se aguentava bem no mar.
   Foi elevada a freguesia em 1556, tem duas igrejas e várias ermidas. Esta freguesia dispõe de um Museu do Vinho, fundado em 1990, pela Casa Agrícola Brum
, de Francisco Maria Brum, onde é possível ver um vasto conjunto de instrumento relacionados com a vindima, fotografias e documentos históricos também referentes ao vinho e à vindima.
   É uma das freguesias rurais mais importantes da ilha Terceira.
  

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Artesanato- cestos de vimes.



Desde o princípio do povoamento, segundo os registos históricos se trabalha em cestaria nos Açores. São aplicadas técnicas antiquíssimas às várias matérias-primas disponíveis (em especial o vime), os homens responsáveis por esta arte de trabalhar o vime (os cesteiros) criam uma variedade grande de formas, para uso quer nos trabalhos agrícolas, quer nas atividades relacionadas com o mar, quer ainda para uso doméstico. São autênticas obras de arte que nos servem e muito, são sinónimo da paciência e necessidade de outros tempos, obras de perfeita execução, como evidenciam por exemplo, os balaios da ilha do Faial. De raiz muito antiga, estes cestos são construídos a partir de pequenos molhos de palha, firmemente amarrados e armados em espiral.
   O vime pode ter 2 tipos de tratamentos, consoante o que vimeiro quiser confecionar: o cozido ou cru. O vime cozido, o seu tratamento começa com a retirada de pequenas ramificações da planta, de seguida é levado para o caldeiro, selecionados consoante o tamanho e armado com laços, fazendo molhos. Cozem em águas com elevadas temperaturas em grandes caldeiros e abafados para a água não evaporar. Após este processo são descascados, esta é normalmente uma tarefa feminina.
   A fase final deste processo de tratamento dos vimes é a secagem, são colocados ao sol para secar durante cerca de 2 a 3 dias, depois de secos são amarrados em grandes molhos e separados novamente por tamanhos.
   O vime cru é usado ao natural, depois de podado é igualmente selecionado por tamanhos e a seguir colocado a secar durante um a dois meses, é um processo normalmente feito pelo artesão, a maioria coloca os vimes num poço deixando curtir cerca de um mês. No início do verão, o vime é retirado, descascado, ou não, e trabalhado, nas 24horas anteriores é colocado de molho, para estar húmido, para não secar.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Ilha de S.Miguel - Faial da Terra.

O Faial da Terra é uma freguesia do concelho da Povoação, com 12,69 km² de área e 359 habitantes (2011). Tem uma densidade: 28,3 hab/km².
   Localiza-se a uma latitude 37.733 (37°44') Norte e a uma longitude 25.2 (25°12') Oeste, estando a uma altitude de 70 metros. Actividades económicas: Agro-pecuária, comércio.
   As principais festas religiosas são Nossa Senhora da Graça (2.º domingo de Setembro), cuja imagem se encontra na Igreja de Nossa Senhora da Graça , Impérios do Divino Espírito Santo, Ascensão, Trindade e S. João.
   Do seu património destaca-se Património: Igreja Nossa Senhora da Graça, Ermida de Nossa Senhora de Lurdes, Fontenários, Coreto e Busto a Padre Elias.
   Na gastronomia temos como principais pratos o Fervedouro, molho de fígado, sopas do Espírito Santo, papas grossas, bolo da sertã, torresmos, morcela e chouriço e a sopa de tomate da Tia Conceição.
   Quanto ao artesanato existe a cestaria de vime, rendas, bordados e artefactos em madeira

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ilha do Corvo - Murmúrios.

Há dias na ilha que não apetece contar o tempo, que não apetece, actuar nem intervir.Fazê-lo é quebrar a harmonia e a quietude que tudo protege e aconchega.
A fuga à realidade criou outra realidade, fictícia e feliz.É fácil acreditar nela, tomá-la por única, por autêntica, até se tornar mesmo única e autêntica.O futuro parece frágil.A quebra das exportações, o corte dos subsídios e a falta de emprego podem alterar o algodão em rama do presente.
Há na ilha uma certa atmosfera de fim.Séculos de cruzamentos entre a Europa, a América, a África, a Ásia, deixaram-lhe melancolias irreversíveis.
Os seus habitantes silenciam-se.A mistura de sangues afeiçoou-os as parecenças e as vibrações.
Percorrer as ruas e as canadas da vila, saborear o queijo, parar no Outeiro, sentir os cheiros, ouvir os sussurros, é entrar num tempo dilatado do tempo, coisa só possível em espaço de eleição.
Mas, eis que surge outro dia.Luminoso, quente, suave, transparente.Tudo muda.A vontade de trabalhar, de vencer, de sorrir, de andar em frente.`
É a ilha e os corvinos!!!

domingo, 1 de julho de 2012

Ilha do Faial - Formação da Caldeira.

Há 10 mil anos, deu-se uma mudança de estilo eruptivo do vulcão central, entrando numa fase quase exclusivamente explosiva, a qual foi responsável pelos vastos depósitos de pedra-pomes e outros materiais piroclásticos que cobrem quase toda a ilha. Durante esta fase ocorreu o colapso da parte mais alta do vulcão, com afundamento do topo da câmara magmática, originando a formação da actual Caldeira. O colapso parecer ter ocorrido em dois episódios distintos: o primeiro ocorreu no topo da montanha, desenvolvendo-se para o seu interior; o segundo foi originado por um violenta erupção do tipo pliniano, com libertação de uma nuvem ardente. O abatimento da caldeira terá ocorrido ao mesmo tempo ou imediatamente depois dessa erupção, a qual recobriu mais de 40% da superfície da ilha com uma espessa camada de materiais piroclásticos, mais pujante para norte e leste do centro eruptivo. A maior parte da cobertura vegetal, se não a sua totalidade, foi destruída. A erupção foi acompanhada por poderosas enxurradas, que resultaram da precipitação intensa induzida pela condensação em torno das poeiras vulcânicas presentes na atmosfera, sobre um relevo íngreme caracterizado pela inconsistência do solo. Nas falésias da Praia do Norte encontram-se vestígios desses movimentos de massa