domingo, 15 de julho de 2012
Cultura do chá.
Apesar de não haver um um registo oficial da data de introdução do chá na ilha de São Miguel, acredita-se, que a sua produção e expansão verificou-se a partir de 1750.
A cultura resultou com êxito e desenvolveu-se rapidamente, talvez única na história dos produtos de consumo humano e que tocou não só o domínio técnico e económico mas também, e principalmente, os domínios artístico, poético, filosófico e mesmo religioso, envolvendo o consumo de chá nestes dois países, mas principalmente no Japão, um cerimonial por vezes complexo mas sempre de grande significado. A sua introdução na Europa só se veio a verificar no início do séc. XVII, em consequência do comércio que então se estabelecia entre a Europa e o Oriente.
Teriam sido os holandeses a trazer pela primeira vez o chá à Europa, sendo responsáveis pela intensificação do seu comércio mais tarde desenvolvido pelos ingleses. O chá era importado por intermédio da famosa “Tea English East Indian Company”, que detinha o monopólio do comércio de chá com a Ásia e que em 1715 se estabeleceu em Cantão passando a gozar de uma situação privilegiada. Esta manteve-se até 1833, altura em que se viu forçada a procurar novas fontes de abastecimento; virou-se então para as possessões da Inglaterra na Ásia (India e Ceilão) onde introduziu a cultura, primeiro na India e depois em Ceilão.
Na Inglaterra, o seu consumo intensificou-se rapidamente e a partir de meados do séc. XVIII o chá tornou-se a bebida de eleição de todas as classes sociais. É de sublinhar a popularidade que ainda hoje goza neste país, sendo bem conhecido o lugar que esta bebida ocupa na vida de todo o cidadão britânico. A sua popularidade estendeu-se aos países onde a influência inglesa se fez sentir, primeiro nos EUA depois a Austrália e o Canadá Actualmente o chá é a bebida mais consumida em todo o mundo. Em território português, presentemente, o chá só é cultivado em S. Miguel nos Açores onde a cultura, que se pratica desde finais do século XIX.
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