A olaria teve origem nos tempos
medievais com características trazidas pelos árabes e pelos mouros, durante a
invasão da Península Ibérica.
No final do século XV, os açorianos
usavam peças de olaria feitas nas ilhas, com influência hispano-mourisca.
Exemplo disso era o talhão da ilha de Santa Maria de barro vermelho, que servia
de reservatório de águas nas cozinhas de Santa Maria e São Miguel. Dada a
mistura de civilizações na Península Ibérica, outras influências se juntam nas
nossas louças, como a grega e a romana. Estas revelam-se no traço e na cor de
graciosas originalidades, as quais se encontram nas louças quer de Santa Maria,
quer de Vila Franca do Campo e, mais tarde, na louça branca vidrada da Lagoa.
Na Lagoa, existem memórias de
pequenas olarias de barro vermelho, semelhantes às existentes na ilha de Santa
Maria e de Vila Franca do Campo. Isto ainda antes da fundação da primeira
fábrica de louça vidrada, criada por Bernardino da Silva em 1862, no Porto dos
Carneiros da Lagoa. Esta fábrica,
denominada por Cerâmica Vieira, é dos poucos patrimónios industriais e
artísticos que têm resistido ao longo de cinco gerações familiares. A sua
produção continua a ser artesanal e a sua decoração, para além dos desenhos
tradicionais, é deixada ao livre arbítrio dos artesãos da fábrica. As suas
louças apresentam uma decoração muito característica, onde predomina a cor azul.
São vulgarmente conhecidas por “LOUÇA DA LAGOA”.
Atualmente, é considerada o ex-libris
artesanal do Concelho
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